05/05/2008
São Paulo (AUN - USP) - “Não é o planeta que está ameaçado, nem a natureza ou o meio ambiente, mas nós mesmos [a Humanidade]”. Esta afirmação foi feita pelo economista-chefe do ABN Amro Asset Management, Hugo Penteado, durante o debate sobre desenvolvimento sustentável. O evento, ocorrido recentemente na Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA- USP) demonstra que o setor econômico também está preocupado com a questão ambiental.
As empresas privadas e as instituições financeiras estão aumentando, a cada ano, a porcentagem da verba destinada ao meio ambiente. É possível notar o crescimento da publicidade em torno da “responsabilidade ecológica”, pois atualmente a sociedade civil tem tomado consciência da importância deste conceito. O professor do Departamento de Economia da USP, Danilo Igliori, comenta que essa é uma tendência recente – há 20 anos, por exemplo, um debate sobre o tema não atrairia nem 10% dos economistas. Isso pode ser explicado pelo aumento da divulgação dos estudos científicos a respeito dos impactos ambientais gerados pelo homem que, de certa maneira, chama a atenção das pessoas. Com relação a isso, Hugo Penteado faz uma crítica à comunidade científica argumentando que ao invés, de focar-se em pesquisas de previsão de impacto ou especular um período para a extinção dos recursos naturais os cientistas deveriam ater-se à divulgação das causas principais. Dentre elas, o próprio modelo econômico vigente que é por si só insustentável. A Teoria Econômica tradicional prevê um sistema econômico neutro para o meio ambiente que, por sua vez, seria inesgotável. Além disso, o neoliberalismo justificaria os aspectos anteriores por meio da noção de que todas as benesses sociais dependem do crescimento. No entanto, esse conjunto sistemático não é completamente aplicável à realidade.
Um dos maiores problemas, tanto ambiental quanto econômico, é o desperdício. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, divulgada no início do ano, aponta que 10% da energia do país é consumida somente pela luz acesa do “stand by” dos aparelhos eletrônicos. O consumo cresce e, ao mesmo tempo, é estimulado pelo sistema produtivo – um ciclo que não leva em consideração a finitude dos recursos naturais. O economista-chefe da ABN comenta ainda que todos os esforços em direção à busca por fontes alternativas de energia são válidos, mas que é preciso atentar para o fato de serem apenas um modo de amenizar, e não de solucionar, o problema. “O aquecimento global é irreversível, mas temos como amenizar suas causas”, exemplifica. O ideal, segundo ele, seria construir uma ciência multidisciplinar que fosse capaz de abranger aspectos de diversas áreas (econômica, ambiental, política etc.) para tentar solucionar o problema de maneira articulada.
Os principais pilares responsáveis pela mudança estrutural de todo esse sistema, que geram graves impactos sobre o planeta, são a política e a economia que, por sua vez, dependem da mudança de postura da sociedade civil. Como disse Hugo Penteado, ao final de sua exposição, “quem destrói somos nós porque não pensamos em nossos hábitos de consumo”. Para fundamentar seu argumento anterior, contou ao público que ele próprio já adotou novas atitudes – “decidi que não compro mais carros, o que tenho será o último”.
As empresas privadas e as instituições financeiras estão aumentando, a cada ano, a porcentagem da verba destinada ao meio ambiente. É possível notar o crescimento da publicidade em torno da “responsabilidade ecológica”, pois atualmente a sociedade civil tem tomado consciência da importância deste conceito. O professor do Departamento de Economia da USP, Danilo Igliori, comenta que essa é uma tendência recente – há 20 anos, por exemplo, um debate sobre o tema não atrairia nem 10% dos economistas. Isso pode ser explicado pelo aumento da divulgação dos estudos científicos a respeito dos impactos ambientais gerados pelo homem que, de certa maneira, chama a atenção das pessoas. Com relação a isso, Hugo Penteado faz uma crítica à comunidade científica argumentando que ao invés, de focar-se em pesquisas de previsão de impacto ou especular um período para a extinção dos recursos naturais os cientistas deveriam ater-se à divulgação das causas principais. Dentre elas, o próprio modelo econômico vigente que é por si só insustentável. A Teoria Econômica tradicional prevê um sistema econômico neutro para o meio ambiente que, por sua vez, seria inesgotável. Além disso, o neoliberalismo justificaria os aspectos anteriores por meio da noção de que todas as benesses sociais dependem do crescimento. No entanto, esse conjunto sistemático não é completamente aplicável à realidade.
Um dos maiores problemas, tanto ambiental quanto econômico, é o desperdício. Uma pesquisa feita nos Estados Unidos, divulgada no início do ano, aponta que 10% da energia do país é consumida somente pela luz acesa do “stand by” dos aparelhos eletrônicos. O consumo cresce e, ao mesmo tempo, é estimulado pelo sistema produtivo – um ciclo que não leva em consideração a finitude dos recursos naturais. O economista-chefe da ABN comenta ainda que todos os esforços em direção à busca por fontes alternativas de energia são válidos, mas que é preciso atentar para o fato de serem apenas um modo de amenizar, e não de solucionar, o problema. “O aquecimento global é irreversível, mas temos como amenizar suas causas”, exemplifica. O ideal, segundo ele, seria construir uma ciência multidisciplinar que fosse capaz de abranger aspectos de diversas áreas (econômica, ambiental, política etc.) para tentar solucionar o problema de maneira articulada.
Os principais pilares responsáveis pela mudança estrutural de todo esse sistema, que geram graves impactos sobre o planeta, são a política e a economia que, por sua vez, dependem da mudança de postura da sociedade civil. Como disse Hugo Penteado, ao final de sua exposição, “quem destrói somos nós porque não pensamos em nossos hábitos de consumo”. Para fundamentar seu argumento anterior, contou ao público que ele próprio já adotou novas atitudes – “decidi que não compro mais carros, o que tenho será o último”.
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2 comentários:
Boa Hugo, mandou bem. Quem está ameaçada na história é a humanidade...
Abrazo
ToNTo
Hugo, também tenho tentado não consumir coisas desnecessárias e me chamou atenção a sua atitude de não comprar mais carros. Nesse caso, o que você planeja fazer quando seu carro acabar? Não sou de São Paulo, mas parece uma cidade de deslocamento bastante difícil.
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