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terça-feira, 14 de junho de 2011

Carta aberta ao prefeito de São Paulo

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Prezado Exmo. Sr. Gilberto Kassab,

Ontem faleceu Antonio Bertolucci, atropelado por um ônibus de turismo na alça de acesso da Av.Sumaré. Ele era presidente do Conselho de Administração do Grupo Lorenzetti. Ele não é o primeiro nem o último, bem como também não será o único caso que fica sem a devida atenção das autoridades.

Não é mais possível ignorar que a cidade de São Paulo tem 250.000 ciclistas. Eu sou um ciclista urbano desde fevereiro de 2010 e percorro o trajeto da minha casa até meu trabalho, num total de 16 quilômetros diários. O tempo que levo para fazer meu trajeto é bem inferior se eu o fizesse de carro, além de contribuir para uma menor emissão de gases do efeito estufa. Está na hora das nossas cidades estimularem esse meio de transporte para melhorar a qualidade do ar e da vida.

Ciclista atropelado por ônibus é um fato muito comum nas cidades. A culpa é a não educação dos motoristas, principalmente de ônibus e de táxis, que tiram fina dos ciclistas, buzinam e os perseguem. Desconhecem completamente a lei que exige uma distândia de 1,5 metro das bicicletas. Os ciclistas, por sua vez, na ausência de vias adequadas para eles, precisam ser bem orientados e há grupos que podem ajudar a prefeitura a fazer isso.

Bom lembrar que ônibus e táxis são responsabilidade da prefeitura e pelo menos deveriam receber a orientação de manter a distância exigida por lei de 1,5 metro das bicicletas.

Os ciclistas precisam ser avisados, enquanto as autoridades não tomam uma atitude e nem adotam uma política pró-ciclismo urbano, a se manterem distantes dos ônibus. Foi a primeira orientação que eu recebi do cicloativista Leandro Valverdes. Já me ocorreu de ser perseguido a troco do nada por motoristas de ônibus e de táxi. Finas de automóveis particulares também são comuns, embora eu trafegue pelas bordas.

Peço por gentileza uma audiência com o prefeito, para que nosso grupo possa conversar e obter um diálogo para encontrarmos a solução desse problema tão grave.

Enviei esse mesmo texto no "Fale com o prefeito" do site da prefeitura. Gostaria que mais pessoas tentassem esse contato com o prefeito Gilberto Kassab. A morte de Antonio Bertolucci é um alerta e não pode ficar em vão.

Atenciosamente,

Hugo Penteado

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Transporte

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A única saída para humanidade é o abandono do carro nas cidades em prol de transportes mais neutros, como andar a pé ou de bicicleta, e transporte coletivo. Eu detesto falar na primeira pessoa, mas eu ando 16 quilômetros por dia de bicicleta, da Avenida Paulista até o final da Av. Juscelino Kubitschek com a Marginal.

A cidade de São Paulo caminha para um colapso, onde aqui nasce mais carro do que bebê e a prefeitura, embora deveras preocupada, ainda tomou poucas medidas e algumas delas poderiam ser adotar isenções tributárias para quem usa transportes mais humanos e construir ciclovias. Enfim, a iniciativa da prefeitura abaixo é um bom início. Logo estaremos às voltas com várias medidas severas, como já foram adotadas em outras cidades do mundo como México e Londres, como pedágios urbanos, restrições maiores de rodízio, proibição de venda de veículos ou venda condicionada a retirada de um usado de circulação, mandando-o para o desmonte. Não é mais uma questão de querer manter o benefício de andar num automóvel (que alguns insistem que precisa ser cada vez maior para mostrar aos outros) e que possui velocidade média igual ao de uma galinha, por tanto tempo que fica parado. Trata-se agora de se adaptar a essa dura realidade chocante, que deriva da teimosia humana de ir até o limite do espaço físico, restrição mais óbvia e mais insuperável, porém não é a mais perigosa de todas, posto que a restrição ecológica é muito mais restrita e será atingida antes mesmo de ocuparmos todo o espaço físico da Terra com nossas construções e cacarecos. Como essas restrições irão se processar não sabemos muito bem, mas isso não significa que devam ser testadas, pois o que está em jogo é a vida na Terra (inclusive a humana, porque não somos deuses). É hora de todos acordarem: a Terra é um Titanic sem bote salva-vidas.

Como Monbiot escreveu ontem no Guardian, parece que a humanidade irá testar até o limite a capacidade de suporte do planeta e nada a deterá.

Bom dia !!!

A Prefeitura de São Paulo, com apoio da Caloi, iniciou um projeto chamado U-Bike, que visa promover um novo olhar de Sampa sob a ótica da bicicleta. Tratam-se de passeios leves, que visam pontos turísticos. Os passeios ocorrem nas manhãs de sábados e domingos e, no momento, partem da frente do hotel Unique.

É uma boa opção para quem não tem bicicleta ou ainda não está acostumado ao ciclismo urbano.

Boas pedaladas !!!

terça-feira, 3 de maio de 2011

Vídeo fantástico sobre urbanização, rios e mobilidade em Sampa

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Como escrevi aqui uma vez, um taxista velhinho me mostrou uma rua encrustrada na região da Berrini e contou que ali era um rio com uma cachoeira onde ele brincava quando criança. Os prédios da marginal que estão na várzea dos rios tem máquinas para bombear água que brota do subsolo 24 horas todos os dias.

Very depressing. Difícil ver alguma coisa significativa onde pudéssemos falar: “isso fizemos certo” ou “isso estamos fazendo certo”.

Enquanto o mantra sagrado do crescimento for a lei para deixar os ricos cada vez mais ricos, num planeta que é um Titanic sem bote salva-vidas, a única coisa que nos resta é rezar.

Mohamed El Erian, um monstro sagrado do mercado financeiro só fala sobre crescimento: El Erian and the sacred mantra: “We need high quality growth, not borrowed growth”. My quote: “But eternal growth is impossible in a finite world.” Direto do meu twitter.


Hugo



Realmente muito bom e trás imagens e dados da formação da cidade de São Paulo muito bons. Mas é triste pensar que hoje a concepção de cidade é algo totalmente afastado da natureza e o rio não existe ,só competindo pelo espaço ou servindo de lixo e esgoto.Mas é assim também com as árvores.A canalização de corregos e fundos de vale virou padrão nas cidades,em São Paulo nos anos 90 houve até um Programa financiado pelo Banco Mundial chamado PROCAVE, que teve versão I e II .Será que chegaremos um dia ,como na Coréia a descanalizar um corrego e trazé-lo a vida novamente?

Maria Leticia de Souza Paraiso
São Paulo -SP BRASIL

Veja o vídeo:


ENTRE RIOS from Santa Madeira on Vimeo.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Isso não é normal

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Precisamos mudar o modelo econômico inteiro, precisamos focar nas pessoas, que são os agentes de transformação para o bem e para o mal, mas jamais deixarão de ser esses agentes. Precisamos de governos que parem de enfatizar no crescimento quantitativo ou crescimento econômico, que é uma das maiores falácias científicas jamais criadas e defendidas por economistas de renome, mas não passa de um elemento de diferenciação social, escravização das massas, destruidor de empregos, concentrador de riquezas ao extremo e de destruição da democracia e, por fim, da capacidade do planeta sustentar a vida na Terra. Precisamos focar no desenvolvimento qualitativo, num modelo que unifique a relação do ser humano com o planeta e com os demais seres vivos e não que o distancie dos pontos mais importantes da sua vida.

quarta-feira, 4 de novembro de 2009

NOVA IORQUE E PARIS: CIDADES SUSTENTÁVEIS?

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Em Nova Iorque a quantidade de lixo gerada é gigante e seus aterros sanitários entraram em colapso há muitos anos e o lixo é encaminhado para fora da cidade, em centenas de caminhões emitindo gás carbônico (lixo em cima de lixo) onde outros condados ávidos por receitas o aceitam.

Gostaria de saber se nesse programa as cidades de Nova Iorque e Paris conseguiram romper com o sistema inconsciente de geração de lixo no qual todos os indivíduos aderiram e que por si só, mesmo sem aquecimento global, é uma atrocidade ambiental capaz de nos destruir a todos. Duvido.

São Paulo, semana passada, também teve seus aterros sanitários esgotados e em colapso e agora, tal como Nova Iorque, nossa cidade envia o lixo para o interior, onde os municípios, tal como os vizinhos de Nova Iorque, ávidos por receitas, aceitam... Ah, muito pouco propalado, assim como a extrema gravidade já em curso do aquecimento global, quase ninguém viu que a cidade de São Paulo já atingiu o limite crítico de disponibilidade hídrica em 2007...

A solução é não gerar lixo ou lixo zero, mas o sistema empurra mais e mais lixo diariamente, são várias montanhas do tamanho do Pão de Açúcar do Rio de Janeiro por dia... Difícil de acreditar para quem já está vacinado contra esse sistema todo...

Se as cidades se consideram sustentáveis apenas pela questão de energia e materiais (inputs) e ignoram os outputs ou o crescimento contínuo das superestruturas megalomaníacas como carros e edifícios, então estão mergulhadas nos mesmos mitos de tantos nomes importantes dentre os quais sempre vale o velho ditado francês: "Quanto mais as coisas mudam, mais elas continuam as mesmas."

Assistam:

NOVA IORQUE E PARIS: CIDADES SUSTENTÁVEIS?

Veja o que duas das mais importantes, charmosas e emblemáticas cidades do mundo estão fazendo para serem reconhecidamente sustentáveis.

Vamos mostrar como Nova Iorque e Paris pensam o futuro agindo no presente.

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E a partir desta semana, o dia de estreia do Cidades e Soluções será sempre às quartas-feiras, às 23:30h.



Quarta-feira, 4/11 às 23:30h, “Cidades e Soluções” na Globo News

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