Mostrando postagens com marcador mercados financeiros. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador mercados financeiros. Mostrar todas as postagens

terça-feira, 25 de novembro de 2008

Nova Carteira - ISE

Por favor se comentar deixe um email para contato.

Hoje foi divulgada a nova carteira do ISE - Índice de Sustentabilidade Empresarial do Bovespa. As principais diferenças levantadas foram:

Entrada de
  • Celesc
  • Duratex
  • Odontoprev
  • Telemar
  • Tim Participações
  • Unibanco
Saída de
  • Banco do Brasil
  • CCR Rodovias
  • Copel
  • Iochpe-Maxion
  • Petrobras
  • Weg
Abaixo segue a notícia do site da Bovespa contendo mais informações sobre os critérios e metodologia do ISE.
Abraços a todos,

Eugenia

BM&FBOVESPA divulga carteira do ISE 2008/2009
Indicador reúne 38 ativos de 30 empresas e 12 setores que somam R$ 372 bilhões
25 de Novembro de 2008
A partir do dia 1º de dezembro de 2008 entra em vigor a nova carteira do Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE), indicador composto de ações emitidas por empresas que apresentam alto grau de comprometimento com sustentabilidade e responsabilidade social. A renovação da carteira apresentou os ingressos dos ativos da Celesc, Duratex, Odontoprev, TIM, Telemar e Unibanco, enquanto que os da Aracruz, CCR Rodovias, Copel, Iochpe-Maxion, Petrobras e WEG foram excluídos.

A nova carteira vigora até o dia 30 de novembro de 2009 e reúne 38 ativos de 30 companhias que totalizam R$372 bilhões em valor de mercado. Esse montante corresponde a 30,7% da capitalização total das 394 empresas com ações negociadas na Bolsa que, em 21 de novembro deste ano era de R$ 1,21 trilhão. A formação da carteira anterior contava com 40 ações emitidas por 32 empresas de 13 setores totalizando, naquela época, R$927 bilhões em valor de mercado (39,6% do total da BM&FBOVESPA).

As participantes da nova carteira do ISE foram selecionadas dentre as 51 empresas que responderam ao questionário desenvolvido pelo Centro de Estudos em Sustentabilidade (GVCes) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV-EAESP) e enviado às 137 companhias emissoras das 150 ações mais líquidas da BM&FBOVESPA. Confira, a seguir, as empresas que compõem a nova carteira:

- AES TIETE
- DURATEX
- ODONTOPREV
- BRADESCO
- ELETROBRAS
- PERDIGAO S/A
- BANCO DO BRASIL
- ELETROPAULO
- SABESP
- BRASKEM
- EMBRAER
- SADIA S/A
- CELESC
- ENERGIAS BR
- SUZANO PAPEL
- CEMIG
- GERDAU
- TELEMAR
- CESP
- GERDAU MET
- TIM PART S/A
- COELCE
- ITAUBANCO
- TRACTEBEL
- CPFL ENERGIA
- LIGHT S/A
- UNIBANCO
- DASA
- NATURA
- V C P

Conceito e metodologia

O ISE, criado em dezembro de 2005, foi formulado com base no conceito internacional Triple Botton Line (TBL) que avalia, de forma integrada, elementos ambientais, sociais e econômico-financeiros. Aos princípios do TBL, foram adicionados outros três indicadores: governança corporativa, características gerais e natureza do produto.

As dimensões econômico-financeiras, sociais e ambientais das empresas foram abordadas no questionário a partir de quatro conjuntos de critérios: Políticas (indicadores de comprometimento); Gestão (planos, programas, metas e monitoramento); Desempenho (indicadores de performance); e Cumprimento Legal (cumprimento de normas nas áreas ambiental, trabalhista, de concorrência, junto ao consumidor entre outras).

O Conselho do ISE é composto pelas entidades Associação Brasileira das Entidades Fechadas de Previdência Complementar (Abrapp), Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec), Associação Nacional dos Bancos de Investimento (Anbid), Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC), Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, International Finance Corporation (IFC), Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), além da BM&FBOVESPA e do Ministério do Meio Ambiente.

ISE na BM&FBOVESPA

O ISE reflete o retorno de uma carteira composta por ações de empresas com os melhores desempenhos em todas as dimensões que medem sustentabilidade empresarial. Foi criado para se tornar benchmark (marca de referência) para o investimento socialmente responsável e também indutor de boas práticas no meio empresarial brasileiro. É calculado pela Bovespa em tempo real ao longo do pregão, considerando os preços dos últimos negócios efetuados no mercado à vista. As ações integrantes do ISE são selecionadas entre as mais negociadas na Bovespa em termos de liquidez e ponderadas na carteira pelo valor de mercado dos ativos disponíveis à negociação.

O índice é revisado anualmente com base nos procedimentos e critérios a seguir:

Critérios de inclusão

a. Ser uma das 150 ações com maior índice de negociabilidade apurados nos doze meses anteriores à reavaliação.
b.
Ter sido negociada em pelo menos 50% dos pregões ocorridos nos doze meses anteriores à formação da carteira;
c.
Atender aos critérios de sustentabilidade apurados no questionário preenchido anualmente.

Critérios de exclusão

a. Se a empresa emissora entrar em regime de recuperação judicial ou falência.
b. No caso de oferta pública que resultar em retirada de circulação parcela significativa de ações da empresa do mercado.
c. Se algum fato alterar significativamente os níveis de sustentabilidade e responsabilidade social da empresa, caberá ao Conselho do ISE avaliar sobre sua exclusão.
d. Se na revisão anual a empresa não atender aos critérios de sustentabilidade apurados no questionário.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Cenário externo & doméstico, um resumo

A crise do setor imobiliário começou em abril de 2006. Até agora sem fim à vista. A crise do subprime começou em fevereiro de 2007. Ambas foram consideradas pelo FED incapazes de abalar a economia e o mercado financeiro. Errou. A relação entre ciclo imobiliário e econômico dos países desenvolvidos é muito estreita para não haver contaminação, isso era apenas uma doença com uma incubação longa, até o sintoma aparecer. Em novembro de 2007 os reguladores obrigaram os bancos a trazer estruturas financeiras fora do balanço para dentro. As perdas foram expressivas, a ponto de meses depois terem revogado a precificação a mercado desses ativos. Por isso em novembro de 2007 começou o abalo dos mercados acionários globais, com perdas acumuladas desde então. O setor imobiliário atingiu a economia de cheio – e vai continuar atingindo – quando em dezembro de 2007, pela primeira vez na história dos EUA, os preços dos imóveis caíram nacionalmente.

A crise econômico-financeira dos EUA rapidamente atingiu a Eurolândia, o Reino Unido e o Japão. A Bovespa ignorou o tremor e é hoje a única bolsa do mundo que acumula ganhos no período de novembro/07 a junho/08. Motivo: nosso trem agora não são os EUA, mas a Chíndia. Apesar da crise dos países desenvolvidos, a Chíndia não mostrou sinais de desaceleração, mantendo demanda alta por commodities, aliadas a restrições de oferta na área do petróleo, papel e celulose, alimentos, mineração e siderurgia. Quase 50% do Ibovespa está ligado a commodities. Apelidamos esse cenário de descolamento parcial, onde a recessão branda nos EUA não produziria uma recessão no mundo. Bom para a bolsa: abril e maio registrou quase 20% de valorização.

Agora tudo mudou: a não desaceleração da Chíndia determina uma dinâmica de crescimento forte do resto da Ásia emergente e da América Latina, que é exportadora líquida de commodities. A Chíndia, por sua vez, é a principal responsável pelo aumento de demanda mundial por commodities e isso explica a inflação global persistente. A reviravolta dos números de inflação foi no mundo todo: acabou o período de crescimento acelerado com inflação moderada. No Brasil, o IPCA, projetado em 4,3% no início do ano, agora está em 6,1% para 2008. IGPM idem, foi revisto de 4,5% para 10%.

A surpresa negativa da inflação global colocou em xeque as políticas monetárias frouxas dos países ricos para socorrer suas economias fragilizadas. Temos agora um cenário apelidado de estagflação falsa, no qual a inflação global manterá commodities em alta no 2S08. O esforço de desinflar as commodities não recairá sobre a Chíndia, países que não têm nem vontade nem instrumento de política eficaz para isso. Esse esforço recairá sobre os países ricos e temos dois cenários possíveis: alta de juros para produzir menor crescimento e demanda por commodities e forçar queda nos preços no 1S09 ou queda da atividade por conta das crises no 2S08, eliminando a necessidade dos bancos centrais dos EUA, Eurolândia e Reino Unido elevarem as taxas. Em qualquer um dos cenários, estamos frente a frente com uma economia global mais fraca e com queda dos preços das commodities. Ruim para bolsa, porque ela deve antecipar?

Finalmente, por falta de espaço, não falei de estagflação verdadeira via choque de oferta clássico e o risco de guerra entre Israel e Irã... fica para a próxima, mas isso é incerteza e mercados não precificam incertezas, bem como questões de longo prazo.

Colaboradores