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segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Riqueza Cultural perdida...

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Nós não somos importante pelo que temos (riqueza ou poder), nem pelo que somos (beleza ou inteligência). Nós só importamos por tudo aquilo que fazemos aos outros e toda a natureza.  Essa é a nossa única herança.
 
Como Saramago escreveu, “pobre é aquele que tem mais do que precisa para si”. Ou Sócrates: Rico é aquele que precisa de pouco.
 
Como a riqueza e poder andam de mãos dadas, falhamos também ao ignorar que “o poder foi feito para servir e não para se servir dele”. Mais uma de Sócrates.
 
Essa cultura do ter é abominável, ia colocar no twitter ontem uma frase, mas o sistema travou e era mais ou menos isso: “Uma das maiores ilusões humanas é acreditar que os ricos são mais importantes”.
 
No nosso modelo atual, símbolo de sucesso é ter mais, ganhar mais, ascender mais. Enquanto o símbolo de sucesso for justamente um distanciamento intransponível entre as pessoas, não iremos a lugar algum. O símbolo de sucesso seria conquistar maneiras das pessoas viverem mais próximas, mais viáveis, não o contrário.
 
Não sei se me expressei bem, mas eu não consigo ver distinção alguma entre as pessoas, exceto a sua capacidade ou tentativa de ser útil. 
 
Abraço Hugo
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Justas reflexões, Hugo!

Para ter apenas uma vaga idéia do quanto poderíamos aprender nesta perspectiva de muitas sociedades indígenas, lembramos que em muitas destas sociedades não há acumulação individual de bens, e menos ainda uma correlação entre “ter” objetos materiais e/ou poder econômico e prestigio ou poder político. Muitas vezes o que mais tem “poder” é o que mais tem obrigações e responsabilidades para com os outros... Na vivência que tive o privilégio de compartilhar numa aldeia indígena, acompanhando o campo etnográfico de minha esposa, com nossa primeira filha, vi que o chefe da aldeia, um ancião muito humilde e respeitado por todos, era quem menos possuía objetos materiais em sua casa...

Acho que a sociedade capitalista moderno-ocidental é a única que concentra e associa cada vez mais poder político e poder econômico. Até na idade média feudal acredito que, diferentemente do que nos ensinaram na escola, as duas coisas não estivessem tão interligadas e “livres” de qualquer obrigação social para com o povo...

Mesmo que fosse só para continuar tendo esta diversidade humana e de valores socioculturais para nossa sociedade (des)envolvente ter a oportunidade de se comparar e espelhar nela, inclusive para melhor entender a si mesma e buscar se melhorar... Mesmo que fosse só para isso (e claro que os benefícios e os valores da diversidade e da vida vão muito além disso), já valeria a pena lutar para protégé-la. E, apesar de não resolver todos os problemas, claro, o direito à terra, de acordo com seus próprios usos, costumes e tradições (como reza nossa Carta Magna), é uma condição imprescindível para preservar os valores da diversidade socio-cultural humana, provavelmente o recurso mais precioso que temos na busca da sustentabilidade planetária. De longe mais valioso que todos os minérios e demais recursos naturais que tal ou tal outra Terra Indígena pode (ter a sorte, ou muitas vezes o azar!!! de) abrigar.

Enzo


Excelentes informações que você colocou vejo o quanto pouco sei sobre os índios e o quanto essa diversidade cultural pode ajudar a nossa atual sociedade, como você bem lembrou. Um ponto muito importante que tenho ouvido: fala-se muito de como esse sistema causa a extinção das espécies, mas pouco se fala sobre outra fatalidade dele: a extinção de culturas.  Concordo com tudo.
 
Abraço Hugo

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Dicas

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A situação é tão séria, que muitos concluem que vamos todos morrer ou não tem mais jeito. Essa visão é muito ruim. Causa depressão, letargia, desistência e pior, já que vai acabar, então deixa eu usufruir o pouco que resta. Será?

Tudo isso deriva da nossa necessidade de controle e de prever o futuro, embora não tenhamos em nossas mãos nenhuma das duas coisas. O futuro não foi feito para ser previsto, mas para ser criado, como escreveu Erwin Laszlos. Mas criar dentro das limitações sociais, biológicas, físicas e planetárias que não iremos jamais revogar.

As dicas, portanto, são: não se preocupe com o que vai acontecer nem o que os outros vão fazer ou deixar de fazer, isso não é problema seu, nem pode ser definido por você. Somente faça a sua parte. Também não se preocupe muito se a sua parte é perfeita ou não, porque nada nem ninguém será. Faça o que você achar melhor, partindo sempre do princípio que você faz porque acredita e sente que tudo e todos a sua volta é interdependente e belo demais para ignorar as consequências e não se sentir responsável. Ame e preserve, pois sua vida depende de outras vidas que dependem de você. Nessa crise espiritual atual, o melhor caminho para atingir a paz é fazer a sua parte sem reticências.

Colaboradores