quarta-feira, 8 de abril de 2015
Situação Ambiental atual dos EUA
terça-feira, 3 de maio de 2011
Vídeo fantástico sobre urbanização, rios e mobilidade em Sampa
Como escrevi aqui uma vez, um taxista velhinho me mostrou uma rua encrustrada na região da Berrini e contou que ali era um rio com uma cachoeira onde ele brincava quando criança. Os prédios da marginal que estão na várzea dos rios tem máquinas para bombear água que brota do subsolo 24 horas todos os dias.
Very depressing. Difícil ver alguma coisa significativa onde pudéssemos falar: “isso fizemos certo” ou “isso estamos fazendo certo”.
Enquanto o mantra sagrado do crescimento for a lei para deixar os ricos cada vez mais ricos, num planeta que é um Titanic sem bote salva-vidas, a única coisa que nos resta é rezar.
Mohamed El Erian, um monstro sagrado do mercado financeiro só fala sobre crescimento: El Erian and the sacred mantra: “We need high quality growth, not borrowed growth”. My quote: “But eternal growth is impossible in a finite world.” Direto do meu twitter.
Hugo
Realmente muito bom e trás imagens e dados da formação da cidade de São Paulo muito bons. Mas é triste pensar que hoje a concepção de cidade é algo totalmente afastado da natureza e o rio não existe ,só competindo pelo espaço ou servindo de lixo e esgoto.Mas é assim também com as árvores.A canalização de corregos e fundos de vale virou padrão nas cidades,em São Paulo nos anos 90 houve até um Programa financiado pelo Banco Mundial chamado PROCAVE, que teve versão I e II .Será que chegaremos um dia ,como na Coréia a descanalizar um corrego e trazé-lo a vida novamente?
Maria Leticia de Souza Paraiso
São Paulo -SP BRASIL
Veja o vídeo:
ENTRE RIOS from Santa Madeira on Vimeo.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
CARTA DE BELÉM
Os participantes do seminário “Energia e desenvolvimento: a luta contra as hidrelétricas na Amazônia”, após ouvirem professores e pesquisadores de importantes universidades afirmarem que Belo Monte não tem viabilidade econômica, pois vai produzir somente 39% de energia firme, 4,5 mil MW dos 11 mil prometidos. Afirmarem ainda que a repotenciação de máquinas e equipamentos e a recuperação do sistema de transmissão existente poderiam acrescentar quase duas vezes o que esta usina produziria de energia média, investindo um terço do que se gastaria na construção de Belo Monte.
Após ouvirem o procurador do Ministério Público Federal (MPF) falar sobre a arquitetura de uma farsa jurídica: falta de documentação, oitivas indígenas que nunca existiram, licenças inventadas e ilegais, estudos de impacto
incompletos e que não atendem as exigências sociais, ambientais e da própria legislação.
Após ouvirem o povo akrãtikatêjê (Gavião da montanha), relatando a luta que até hoje travam contra a Eletronorte, que os expulsou de suas terras quando a hidrelétrica de Tucuruí começou a ser construída, tendo sua cultura
seriamente ameaçada, enfrentando doenças e problemas sociais que antes não conheciam. Mostrando que sua luta já dura mais de 30 anos, e que até hoje não conseguiram sequer direito a uma nova terra.
Após ouvirem os movimentos e organizações sociais denunciarem que os povos do Xingu, agricultores, ribeirinhos, pescadores, indígenas, extrativistas, entre outros grupos, estão sendo criminalizados e simplesmente ignorados.
Situação reconhecida pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que solicitou ao governo brasileiro que pare a construção de Belo Monte enquanto os povos indígenas não forem ouvidos.
Após verem os exemplos históricos dos grandes projetos na Amazônia, inclusive exemplos mais recentes como o das hidrelétricas no rio Madeira, onde foi verificado desde o não cumprimento dos direitos trabalhistas, até
mesmo trabalho escravo, levando os trabalhadores a se rebelarem contra a opressão que vinham há muito tempo sofrendo.
Afirmam que a UHE Belo Monte não tem nenhuma sustentabilidade social, econômica, ambiental, cultural e/ou política, por isso representa uma insanidade.
Afirmam que o governo brasileiro trata hoje Belo Monte de forma obsessiva, irracional, movido unicamente pela necessidade de atender a interesses políticos e econômicos, em especial os das grandes empreiteiras.
Afirmam que é possível impedir a construção da UHE Belo Monte, defendendo os rios, a floresta, as populações rurais e urbanas, a vida na Amazônia, no Brasil e no mundo.
Diante disso, os participantes deste seminário assumem os seguintes compromissos:
- Fortalecer uma grande frente contra o barramento dos rios da Amazônia;
- Fortalecer o movimento contra Belo Monte, inclusive criando novos comitês;
- Cobrar um grande debate no senado federal, com a presença dos senadores e povos do Xingu.
BELO MONTE NÃO!
TERRA SIM!
VIVA O RIO XINGU, VIVO PARA SEMPRE!
VIVA OS RIOS DA AMAZÔNIA, VIVOS PARA SEMPRE!
Belém, 12 de abril de 2011