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quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Serão necessários 27 planetas Terra

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por Stepehn Leahy, da IPS

Uxbridge, Canadá, 2/8/2011 – Ainda que se multiplicasse por dez as áreas dedicadas no mundo inteiro a conservar plantas, animais e outras espécies, não seriam suficientes para enfrentar os grandes problemas do Século 21: o aumento populacional, o consumo desenfreado e o uso ineficiente dos recursos. E se estas questões não forem enfrentadas, a humanidade chegará aos dez bilhões de pessoas em 2050 e precisará de outros 27 planetas Terra para pagar o custo ambiental da demanda por recursos, afirma um novo estudo publicado no final de julho pela revista Marine Ecology Progress Series.

O tamanho e o número de áreas protegidas em terra e mar aumentaram drasticamente desde a década de 1980, totalizando hoje mais de cem mil e cobrindo 17 milhões de quilômetros quadrados de solo e dois milhões de quilômetros quadrados em oceanos. Entretanto, as espécies se extinguem mais rápido do que antes, alerta o estudo. “Para mim é incrível não termos conseguido enfrentar este fracasso das áreas protegidas”, disse o principal autor do trabalho, Camilo Mora, da Universidade do Hawai.

“Surpreendeu-nos que a evidência dos últimos 30 anos fosse tão clara”, disse Mora à IPS. A capacidade das áreas protegidas para frear a perda de biodiversidade – redução da variedade e do número de espécies vivas – foi superestimada por muito tempo, segundo os especialistas. A realidade é que a maioria não está realmente protegida. Muitas são apenas “parques de papel”, isto é, teoricamente protegidas. Mais de 70% se inserem nesta categoria, alertou. O estudo mostra, ainda, que os gastos mundiais com áreas protegidas são atualmente de US$ 6 bilhões por ano, e muitas não recebem fundos suficientes para uma administração adequada.

Gerir efetivamente estas áreas exige US$ 24 bilhões anuais, quatro vezes mais o investimento atual. “A perda de biodiversidade e suas consequências para o bem-estar da humanidade são de grande preocupação, o que desatou fortes apelos para expandir o uso de áreas protegidas para remediar o problema”, explicou o coautor do estudo Peter Sale, biólogo marinho e diretor-assistente do Instituto de Água, Ambiente e Saúde da Universidade das Nações Unidas. Mas estas “são uma falsa esperança”, disse à IPS.

Consultado a respeito do acordo mundial sobre biodiversidade alcançado em Nagoya, no Japão, para colocar 17% das terras e 10% dos oceanos do planeta sob proteção até 2020, Sale afirmou que “é muito pouco provável que essas metas sejam alcançadas”, devido à crescente necessidade de alimentos e outros recursos. “Mesmo que estes objetivos sejam alcançados, não se deteria a perda de biodiversidade”, acrescentou Sale. Uma das razões é que, uma vez criada uma zona protegida, a indústria se muda para outro lugar para extrair recursos.

Outro dos motivos pelos quais as áreas protegidas não são uma resposta é que não podem controlar o impacto da contaminação ou da mudança climática. Por fim, a pressão sobre os recursos do planeta aumenta tão rapidamente que “o problema foge de toda solução”, ressaltou Sale. A perda de biodiversidade é preocupante, pois se trata do único sistema de apoio que a humanidade tem para sua sobrevivência: fornece desde alimentos, água e ar limpo até recreação e turismo, disse Mora.

A única estratégia hoje é a criação de áreas protegidas, mas “isto é colocar todos nossos ovos em uma única cesta. É necessária uma grande mudança para enfrentar as raízes do problema”, acrescentou Mora. O aumento populacional é a principal causa da perda de biodiversidade. Quando o número de habitantes do planeta era de cinco bilhões, em 1985, o uso de recursos superava o que a Terra podia propiciar de forma indefinida, segundo várias estimativas, disse Mora. Hoje, a população mundial é de sete bilhões de habitantes, muito mais do que a Terra pode sustentar.

Para 2050, com população estimada em dez bilhões e sem mudanças nos padrões de consumo, o uso acumulado de recursos naturais equivalerá à produtividade de mais de 27 planetas Terra, segundo o estudo. Para manter os atuais sete bilhões de pessoas é necessária uma drástica mudança no uso de recursos. Atualmente, a pegada ecológica média de cada cidadão dos Estados Unidos é de dez hectares, enquanto a de um haitiano é de menos de um. O planeta poderia sustentar toda a humanidade se a pegada média de cada pessoa fosse de dois hectares, calcula Mora. Se há mais gente, simplesmente haverá menos recursos disponíveis para todos, por isso será necessário de um controle da população, afirmou. Envolverde/IPS

(IPS)

http://envolverde.com.br/noticias/serao-necessarios-27-planetas-terra/

quarta-feira, 11 de março de 2009

Quer salvar o planeta?

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Do ponto de vista individual, ter um filho é um ato de amor. Do ponto de vista coletivo, da nossa espécie animal, é uma das atitudes mais egoístas que exigem. Nós perdemos totalmente de vista a perspectiva coletiva, só nos importa a individual e eu acho sui generis que ainda sejamos pessoas que só amamos quem tem nosso sangue, como se todos nós ou todos os seres vivos não pertencessem a uma única família. Nós somos hoje a espécie animal que mais ignora a prole de crianças ou filhotes abandonada a nosso redor, ainda temos critérios de adoção que vão da criança branca de olho azul, como se as crianças afrodescendentes ou de mais idade, não fossem lindas por si só. Nossa espécie animal coisificada e individualizada é aterrorizante e está programada para desaparecer mais rápido e por sua própria culpa do que qualquer outra espécie animal que já surgiu na Terra. Está na hora de todos amarem a todos, como se não houvesse amanhã. Todos os seres vivos dependem de todos os seres vivos. Deixar crianças abandonadas no mundo enquanto planejamos colocar mais uma é uma visão individual. Por onde anda a visão coletiva, a que garantirá nossa continuidade na Terra?

Hugo Penteado

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Médico sugere menos filhos para salvar planeta

25/07/2008 - 09h36
Médico sugere menos filhos para salvar planeta

Um editorial publicado na edição desta sexta-feira da revista científica britânica British Medical Journal afirma que ter menos filhos é uma forma de contribuir para o combate ao aquecimento global.O artigo, assinado pelo professor de planejamento familiar do University College, de Londres, John Guillebaund, afirma que ''a população mundial atualmente excede 6,7 bilhões e o consumo de combustíveis fósseis, água potável, colheitas, peixes e florestas excedem a demanda''.Segundo o especialista, ''estes fatos estão relacionados'', uma vez que cada pessoa que nasce contribui para a emissão de gases poluentes e é impossível escapar da pobreza sem que haja um aumento dessas emissões.Guillebaund conclui que ''aplicar contracepção ajuda, portanto, a combater as mudanças climáticas, ainda que não seja um substituto direto para a redução das emissões per capita de elevados emissores''.MitosO autor destaca que o senso comum econômico diz que casais pobres muitas vezes preferem ter vários filhos para compensar a alta mortalidade infantil, fornecer mão de obra para aumento da renda familiar e cuidar dos pais quando eles estão mais velhos, fatores que, endossados por argumentos religiosos e culturais, reforçam a aceitação de grandes famílias.Mas ele afirma que ''os economistas tendem a ignorar o fato de que relações sexuais no período fértil são mais freqüentes do que o mínimo necessário para ter concepções intencionais. Portanto, ter uma família maior em vez de uma menor é menos uma decisão planejada do que um resultado automático da sexualidade humana''.Para Guillebaund, ''algo precisa ser feito para separar o sexo da concepção - ou seja, a contracepção''. Mas ele acrescenta que o acesso à contracepção é muitas vezes difícil, devido a abusos por parte de maridos, parentes, autoridades religiosas ou até ''lamentavelmente'' fornecedores de anticocepcionais.O editorial afirma que a demanda por anticoncepcionais aumenta quando eles se tornam acessíveis e quando as barreiras à sua obtenção são derrubadas, acompanhadas de informações apropriadas relativas à sua segurança e uso.O autor procura derrubar algumas crenças e reforçar outras que haviam sido desacreditadas. Ele lembra que no século 18, Malthus previu que com o aumento significativo da população, a escassez de alimentos seria inevitável.E que a chamada ''revolução verde'', idealizada pelo agrônomo americano Norman Borlaug, aparentemente provou que Malthus estava errado, mas que o significativo aumento populacional vem levando a uma escassez de alimentos sem precendentes, à escalada de preços e a protestos violentos.Guillebauns enfatiza ainda que das inovações da ''revolução verde'', como o amplo uso de fertilizantes, pesticidas, tratores e transporte, hoje também contribuem para o aquecimento global, uma vez que dependem de combustíveis fósseis.

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