A princípio a saída da Marina Silva foi um choque. Ela era uma grande esperança. Estive com ela no dia 1 de outubro de 2007, numa reunião com empresários. Uma das suas falas foi: "pela primeira vez não estou sendo encostada na parede." E ela começou seu discurso explicando sua atuação na Amazônia, a questão dos bagres, das usinas. Fiquei impressionado, estava diante de uma das pessoas mais inteligentes que conheci. E sincera.
A sua saída indica que existe como sempre existiu uma contradição entre nosso modelo de desenvolvimento e a questão social e ambiental. Enquanto esse modelo não for revisado nas suas bases mais fundamentais e isso inclui a teoria econômica, essa contradição irá continuar.
Todas as pessoas e os empresários têm que se convencer que não dá para copiar os erros do passado e nem o sistema das nações mais avançadas. Só é possível revogar o velho modelo a favor de um novo, no qual as variáveis sociais e ambientais não estariam mais esquecidas ou ignoradas. O modelo dos países ricos não poderá ser replicado pelos países atrasados, simplesmente porque não tem recurso tangível ou ecológico para isso. Só será possível atingir equilíbrio e bem estar geral com um novo modelo.
É preciso também reconhecer aquilo que podemos e o que não podemos fazer. Não podemos destruir a Amazônia, embora façamos isso a um ritmo de um campo de futebol a cada 8 ou 10 segundos, dependendo do ritmo do crescimento econômico. Não podemos focar também só na Amazônia, temos que focar em todo o meio ambiente, que é tudo à nossa volta e no bem estar das pessoas, para o qual estamos todos trabalhando. Devemos lembrar que todos os seres vivos dependem de todos os seres vivos.
Para os economistas uma árvore só tem valor quando derrubada ao chão. O PIB é uma métrica tão ruim, que uma governadora da região norte disse que se combater o desmatamento, o PIB do estado dela cai.
A questão física e espacial e seus limites são intransponíveis, teremos que mudar a métrica do nosso sistema, temos que mudar nossos objetivos, nosso modelo, temos que ter uma visão realista e abandonar a fantasia que o planeta é inesgotável e que não somos totalmente dependentes da natureza.
Esse é o caminho da mudança e o bom sinal é que tudo isso está sendo discutido e apesar da saída da Marina Silva, ninguém pode esquecer seu trabalho como senadora e nem a estatura do Carlos Minc. A saída pode ter resultados positivos, porque a cobrança irá aumentar e não diminuir com a saída de uma das pessoas mais importantes do governo brasileiro. Disso podemos ter certeza, mas cabe cada um de nós mudar nosso consumo, nossa mentalidade e nossa forma de ver as decisões políticas que dizem respeito ao nosso futuro.
O nosso futuro não depende de mim, nem do leitor, mas de todos. Isso significa que não podemos deixar de fazer a nossa parte.
A sua saída indica que existe como sempre existiu uma contradição entre nosso modelo de desenvolvimento e a questão social e ambiental. Enquanto esse modelo não for revisado nas suas bases mais fundamentais e isso inclui a teoria econômica, essa contradição irá continuar.
Todas as pessoas e os empresários têm que se convencer que não dá para copiar os erros do passado e nem o sistema das nações mais avançadas. Só é possível revogar o velho modelo a favor de um novo, no qual as variáveis sociais e ambientais não estariam mais esquecidas ou ignoradas. O modelo dos países ricos não poderá ser replicado pelos países atrasados, simplesmente porque não tem recurso tangível ou ecológico para isso. Só será possível atingir equilíbrio e bem estar geral com um novo modelo.
É preciso também reconhecer aquilo que podemos e o que não podemos fazer. Não podemos destruir a Amazônia, embora façamos isso a um ritmo de um campo de futebol a cada 8 ou 10 segundos, dependendo do ritmo do crescimento econômico. Não podemos focar também só na Amazônia, temos que focar em todo o meio ambiente, que é tudo à nossa volta e no bem estar das pessoas, para o qual estamos todos trabalhando. Devemos lembrar que todos os seres vivos dependem de todos os seres vivos.
Para os economistas uma árvore só tem valor quando derrubada ao chão. O PIB é uma métrica tão ruim, que uma governadora da região norte disse que se combater o desmatamento, o PIB do estado dela cai.
A questão física e espacial e seus limites são intransponíveis, teremos que mudar a métrica do nosso sistema, temos que mudar nossos objetivos, nosso modelo, temos que ter uma visão realista e abandonar a fantasia que o planeta é inesgotável e que não somos totalmente dependentes da natureza.
Esse é o caminho da mudança e o bom sinal é que tudo isso está sendo discutido e apesar da saída da Marina Silva, ninguém pode esquecer seu trabalho como senadora e nem a estatura do Carlos Minc. A saída pode ter resultados positivos, porque a cobrança irá aumentar e não diminuir com a saída de uma das pessoas mais importantes do governo brasileiro. Disso podemos ter certeza, mas cabe cada um de nós mudar nosso consumo, nossa mentalidade e nossa forma de ver as decisões políticas que dizem respeito ao nosso futuro.
O nosso futuro não depende de mim, nem do leitor, mas de todos. Isso significa que não podemos deixar de fazer a nossa parte.
Nenhum comentário:
Postar um comentário