quarta-feira, 20 de maio de 2009

China, colapso ambiental

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Nenhuma palavra sobre as péssimas condições de trabalho, sobre as questões ambientais, sobre a falta de direitos civis, humanos, sobre o que foi feito e revelado pelas associações de direitos humanos durante as Olimpíadas, sobre o fato também das cidades não terem mais céus azuis por causa da poluição e, acima de tudo, não existe a menor evidência de redução do desastre ambiental e da poluição via ganhos de eficiência, porque nossa ênfase tem que ser números totais e não números relativos. É de se admirar que as pessoas não se preocupem com um sistema sempre crescente (economia) dentro de um sistema não crescente (planeta) e não perceber o flagelo que isso representa. Sem a Amazônia e o Cerrado, poucos brasileiros irão sobreviver, só para levantar uma das várias questões.

China assim como os países ricos já vive um colapso ambiental, que está sendo escamoteado via comércio global, sugando recursos dos demais países da Terra a custo ambiental zero, determinado pelo nosso conjunto de valores.


China 1 X 0 América Latina
Por Giuliana Napolitano | 15/05/2009 - 19:33
"Faltam chineses na América Latina." Foi o que disse Charles Munger, o sócio de Warren Buffett na empresa de investimentos Berkshire Hathaway, no dia seguinte à reunião anual da companhia, em maio. Numa entrevista para poucos jornalistas, feita num hotel em Omaha, ele explicou por que é tão otimista com a Ásia - e a China em particular -, mas parece não ter tanto interesse assim na América Latina.
"A China tem uma política econômica que favorece o desenvolvimento: quando eles decidem fazer algo, realmente fazem. Além disso, formam muita gente capacitada por ano. Há muitos engenheiros chineses de alto nível. Em parte, isso se deve à grande população, mas também pode ser creditado a um esforço mais amplo de educação e dedicação das pessoas. A história da população chinesa é muito difícil, de luta pela sobrevivência. Isso molda pessoas acostumadas a trabalhar duro. Pode ser que ocorra lá o que ocorreu no Japão no pós-guerra." E foi bem direto, como é seu perfil: "Na América Latina, não há nada disso. A cultura é totalmente diferente. Acho que faltam chineses na região."
Para Munger, uma empresa como a BYD - e fabricante chinesa de baterias de celulares e carros elétricos que recebeu 230 milhões de dólares da Berkshire no fim de 2008 - "dificilmente aconteceria na América Latina".
É, soa como um balde de água fria mesmo. Mas isso quer dizer que a dupla não colocaria um centavo na América Latina? Pessoas próximas a eles dizem que não. Para a biógrafa de Buffett, Alice Schroeder, países como o Brasil estão, sim, no radar, dos gurus. "Eles nunca dizem claramente o que estão fazendo." A conferir.
Este post saiu de uma parte da apuração que fiz na visita a Omaha no começo de maio, para cobrir a reunião anual da Berkshire, e não entrou na reportagem de capa desta edição da Exame. Vou colocar outras entrevistas, fotos e curiosidades sobre a reunião - que é realmente impressionante - nos próximos dias.

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