domingo, 13 de julho de 2008

Contradições do nosso sistema...

Hilário. Eu estou só esperando o colapso (todos possíveis: econômico, ambiental, social, guerras...) a qualquer momento. Não vejo nenhuma mudança de tendência em lugar algum, quando ando nas ruas só vejo pessoas carregando sacolas plásticas, tratando o planeta como lixo, penduradas em ônibus, ganhando 500,00 por mês e reféns dos grandes supermercados, das grandes empresas e de tudo aquilo que nossos governantes defendem com unhas e dentes... E a vida dos ricos com supéfluos, desperdícios, comida atirada aos aterros sanitários e luxos ao lado de quem não tem nem o básico?
Escuta, não é ONU, é ÔNUS (Organização das Nações dos United States), inglês com português mesmo, porque afinal aqui no BraZil não é mais "entrega à domicílio", é "delivery"; não é mais "liquidação" é "sale ou off", e por aí vai...
Podemos misturar tudo. Colonização assumida. Nas empresas, parte alimentícia é Perfexho e o papel higiênico é Clarkerly Timber. Chiquérrimo. Quanto mais nome difícil melhor; até o papel higiênico, que nós, no nosso atestado de incapacidade nacional, precisamos de serviços que venham de empresas estrangeiras. Maravilha. Enquanto isso demitimos milhões... O mesmo que eles conseguiram lá, que é total falta de empregos pela tecnologia das grandes grandes corporações, que a cada ano empregam cada vez menos gente e que agora eles precisam dos emergentes para ocupar seus espaços e aumentar os lucros. Lá vai Ray Anderson, o capitão da sustentabilidade, abrindo fábricas na China e na Índia... Ainda bem que é o capitão da sustentabilidade. Tenho certeza que essas novas fábricas criaram novos padrões de trabalho na Ásia, que fogem ao regime de escravidão forçada no qual o capitalismo ocidental se assentou para comprar barato hoje em dia... Pelo menos isso, fábricas de carpete com responsabilidade social na Ásia, isso sim é um pequeno passo, não o único, longe de ser suficiente, porque começa com a seguinte pergunta: cigarros, armas, carros e carpetes? São realmente necessários? Sustentabilidade significa distribuição, eficiência e se ater aquilo que é realmente necessário, porque não vamos revogar uma lei da física básica que é: tudo é matéria e energia e o ser humano não produz nem matéria nem energia e ambos são estoques limitados... Lavagem cerebral secular em todo mundo: vamos consumir tudo rapidamente e deixar o planeta delivered para as bactérias.
ÔNUS é a melhor descrição da ONU, que parece ser um anexo dos Estados Unidos.Basta lembrar que na época da guerra do Iraque, a segunda (que somando as duas, 1.000.000 de civis foram mortos por Bush pai e Bush filho) os Estados Unidos mandaram sair o chefe de inspeção - que era brasileiro - da ONU que tinha visões um pouco estranhas, como por exemplo, querer aplicar aos EUA as mesmas regras de inspeção que eles descumprem e que estavam obrigando o Iraque a cumprir... (três pontinhos mesmo, hoje estou de bom humor, não vou conseguir escrever muito...). E toda aquela palhaçada para justificar o ataque já feito ao Iraque e nenhuma sanção contra os Estados Unidos.

Só eles podem ter bombas nucleares para matar 1.000.000.000.000 - leia-se 1 trilhão de pessoas (do livro Crise final, de Erwin Laszlos, ele calculou quanto os Estados Unidos tinham de bombas para matar pessoas em 1985 e chegou na conta de 850.000.00.000 - leia-se 850 bilhões).

Nós somos mesmo a espécie mais inteligente da Terra, porque somos hoje só 7 bilhões quase, mas para ter certeza, precisamos de bombas o suficiente para matar 1 trilhão... e o quanto de natureza não foi usada para produzir essas bombas? Bobagem, a natureza é inesgotável e nós todos somos deuses...

E que venha o colapso, cada vez mais próximo... essa é minha mensagem desse domingo ensolarado... Porque a ganância dos Eikes Batistas, dos Blairos Maggis, dos Bushes, dos Lulas, dos FHCs continua regendo a orquestra.

O amor à vida, a mudança do modelo mental, a preocupação com os menos favorecidos, um bolsa família que viesse junto com um planejamento familiar para evitar que o problema de sobrepopulação num planeta finito não continue aumentando, nada disso está acontecendo. Somos deuses, os amazonenses precisam de carros (estradas, garagens, estacionamentos, ruas todas feitos com o NOSSO dinheiro para a indústria de automóveis poder inundar as cidades de carros inúteis), celulares, televisão, como diz Lula, como se isso fosse sinônimo de felicidade. Régua única: agora só é feliz quem tem carro, televisão e celular, vá correndo comprar o seu. Como é bom ter pessoas preocupadas com a gente...

A cada dia amanhecemos com muito mais gente, com muito mais coisas que nem podemos usar e com menos clima estável, com menos ar, com menos água, com menos florestas, com menos espécies animais e vegetais. O mais vai virar menos. O mais vai virar nosso fim. Parabéns a todos que perseguiram isso, principalmente os ricos e os governantes. Porque aí se trata de corpos sem alma, sem continuidade, porque a Justiça virá para todos, pode não vir na forma gilmarniana, mas virá na forma universal, disso não tenho a menor dúvida.


11/07/2008 - 17h10

Programa da ONU subsidia emissão de gases poluentes, diz jornal

da Efe, em Nova York

Um programa das Nações Unidas destinado a combater a mudança climática concedeu subsídios para a construção de centrais elétricas na Índia e na China que emitem gases responsáveis pelo aquecimento global. A informação foi publicada nesta sexta-feira pelo "The Wall Street Journal".

O jornal afirma que o programa outorgou ajudas a 13 centrais de gás natural, e estuda fazê-lo também com outras que consomem carvão mineral que, assim como o petróleo, produz dióxido de carbono.

Em conseqüência, os proprietários das centrais receberam milhões de dólares destinados a fomentar o desenvolvimento de energia solar, turbinas eólicas e outros métodos de produção de energia renovável.

Um dos projetos que podem receber assistência da ONU é uma central de carvão de US$ 4 bilhões que a empresa Tata Power deve construir no oeste da Índia, e que, quando entrar em funcionamento, será uma das maiores do mundo, indicou o diário.

A Conferência das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) criou este programa de subsídios, chamado Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (CDM, na sigla em inglês), após a assinatura do Protocolo de Kyoto, em 1997, para apoiar iniciativas que combatam o aquecimento global, como a preservação de florestas e as energias renováveis.

Os programas CDM aprovados pela ONU permitem a obtenção de Certificados de Redução de Emissões (CER), que são negociáveis no mercado internacional com os países industrializados que devem cortar suas emissões de CO2.

Os responsáveis do CDM entrevistados pelo "The Wall Street Journal" justificam os subsídios às centrais com o argumento de que as novas usinas substituem as velhas centrais mais poluentes.

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