Há uma forma de se aprovar uma obra polêmica na democracia: com transparência e capacidade de convencimento. Infelizmente, não foi o que o Ibama escolheu para a usina de Belo Monte. Preferiu passar por cima de si mesmo, reduziu suas próprias exigências e aceitou o “parcialmente cumprido” para condicionantes que ele mesmo havia estabelecido.
As 40 condicionantes viraram 23. O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, não explicou a química com que condensou exigências; deve ser com o mesmo truque com que empacotava ontem perguntas dos jornalistas que tinham que ser feitas em bloco. Assim, várias questões recebiam uma resposta, que sobrevoava pontos levantados.
Nada demais para um órgão que postou ontem em seu site relatório em que escreve com frases assim: “Essa condicionante foi considerada parcialmente atendida.” A exigência em questão se referia à qualidade da água na região. O que é uma água de qualidade parcialmente boa?
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Um comentário:
Não sejamos ingênuos Hugo, à considerar que somos a combinação de genes e ambiente; à considerar o modelo de ocupação do espaço adotado no Brasil desde sua invasão pelo patrícios portugueses, no qual nos instalamos onde nos é útil à qq custo, o melhor seria mesmo que tudo se acabasse. Talvez teríamos a chance de reinventar um modelo onde predominasse o bem da comunidade - mesmo que seja do mosquito da dengue, ebola, e tantos outros organismos que buscam um meio de sobreviver a meio a tanto latrocínio...Deveríamos exigir uma mudança no regimento dos servidores públicos, em especial daqueles indíviduos denominados senadores, deputados federais, assessores parlamentares e afins, cujos olhares recaem apenas para o próprio umbigo - suponho que para eles - o estado do Pará fica na Bolívia. Vejo um cenário horripilante para os próximos anos - especialmente tendo em vista que estamos sob o escrutínuo da arma de fogo.
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