Ao grupo Ecoeco:
A Terra nunca nos ofereceu problema como fornecedora de recursos, mas como absorvedora do impacto das nossas atividades. Esse problema é cada vez maior, apesar disso, insistimos em manter as causas inalteradas. Alberta, Pré-sal, Afeganistão...
Quando alguns economistas ou cientistas cegos olharam para a questão planetária, olharam para a questão da quantidade ou a posição da Terra como fornecedora e concluíram que não existe limite algum, como tentamos apontar. Há dois erros aí. Um olhar para o lado quantitativo e não para o qualitativo. E, finalmente, o fato de que se o limite não foi atingido, isso pudesse levar à conclusão que ele não existe, da mesma forma que por não termos morrido ainda, isso de alguma significar que não iremos morrer.
Seguimos sem revisão alguma do modelo e do crescimento econômico ininterrupto que são as causas desse problema – e as eleições me apavoram.
Abraço Hugo
Quase 80% do petróleo derramado no Golfo continua no oceano, dizem especialistas
WASHINGTON, 18 agosto 2010 (AFP) - Quase 80% do petróleo derramado do poço avariado da companhia de petróleo britânica BP no Golfo do México ainda estaria no oceano, estimaram especialistas, o que sugere que as avaliações do governo foram otimistas demais em relação à quantidade de cru retirado.
Em um relatório divulgado no dia 4 de agosto, o governo americano indicou que tinha eliminado 74% dos 4,9 milhões de barris (779,1 milhões de litros) de petróleo que tinham sido derramados no oceano entre 20 de abril e 15 de julho.
"Grande parte do petróleo do vazamento da BP evaporou-se, foi incendiada, foi recuperada do mar ou se dispersou", indicou então o administração nacional oceânica e atmosférica (NOAA, por suas siglas em inglês).
Mas cientistas da Universidade da Geórgia consideraram que a análise do governo ignora o fato de que boa parte do petróleo derramado permanece no mar, em pequenas gotas ou disperso, e que se baseia em falsas suposições.
"Voltamos a analisar o informe do governo federal e calculamos a quantidade de petróleo que provavelmente ainda está no oceano. O resultado é que entre 70% e 79% ainda deve estar lá", disse na terça-feira à AFP Charles Hopkinson, um dos autores do relatório.
"Um dos principais erros é pensar que o petróleo que se dissolveu na água desapareceu e é inofensivo", advertiu o oceanógrafo. "Este petróleo permanece no oceano, sob a superfície, e serão necessários anos para que se degrade totalmente".
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