Clóvis Rossi
Deu no "Financial Times" desta quarta-feira: "As presentes mudanças no clima são 'inegáveis' e mostram claros sinais de levar as digitais do homem, conforme pesquisadores afirmam na primeira grande nova peça de pesquisa científica desde o escândalo do climagate".
A pesquisa foi liderada pela Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos.
De 10 indicadores, sete registraram aumento, a saber: a temperatura do ar sobre a superfície, a temperatura do mar-superfície, a temperatura do ar marinho, o nível do mar, o aquecimento do oceano, a umidade e a temperatura troposférica na camada da atmosfera mais próxima da superfície da Terra.
Os indicadores em queda apontam para o mesmo fenômeno, pois são a redução do gelo no Ártico, dos glaciares e da cobertura de neve no hemisfério Norte.
Resumo da história, segundo Bob Ward, diretor de política do Instituto Grantham, da badalada London School of Economics: "Isso confirma que, enquanto a onda criada pelo climagate estava rolando, a Terra continuava a se aquecer. Mostra que o climagate foi uma distração, porque tirou o foco do que a ciência de fato diz".
Pois é: poderia e deveria ter acrescentado que o climagate --as denúncias de que cientistas haviam exagerado a ameaça da mudança climática-- no mínimo não ajudou a que os líderes mundiais chegassem a um acordo na Conferência de Copenhague, no fim do ano passado.
Ainda dá tempo para recuperar, já que, no fim do ano, haverá nova cúpula, esta no México. Mas o espaço para outras "distrações" se reduziu consideravelmente.
Os detalhes estão, em inglês, claro, em http://www.ft.com/cms/s/0/
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