sábado, 2 de agosto de 2008

Nossa secular cruel relação com os animais


Os defensores da caça e das touradas e de outras atrocidades reivindicam o aspecto cultural e social e histórico dessas horríveis crueldades.

Não há jeito. Elas são apenas um reflexto da nossa cruel relação com todos os seres vivos, humanos ou não, da nossa incapacidade de respeitar a integridade física de outro semelhante. A nossa crueldade horrenda revela o quanto somos capazes de ser cruéis contra outro ser humano. As estatísticas estão aí: o número de crianças sofrendo maus tratos e abusos pode ser contado por minuto em todos os países. A classe de seres vivos que não podem se defender (idosos, crianças e pequenos animais) é totalmente dilacerada em dores e sofrimento atrozes, alimentando o karma da humanidade até o limite.

A indústria alimentícia, as pesquisas com animais vivos, a caça para casacos de pele, as touradas. Está mais do que na hora de abandonar a desculpa da história e reconhecer que tudo que fazemos só revela o péssimo trato que damos a nós mesmos, aos nossos pares e aos demais seres vivos. O nosso sistema de karma e morte. Ignorando que todos os seres vivos dependem de todos os seres vivos.

A frase mais importante que eu li em toda minha vida veio de Gandhi:

"Se você não enxergar Deus no próximo ser que cruzar seu caminho, pode desistir de procurar por ele."

É tudo que não fazemos.

Um comentário:

Leonardo la Janz disse...

Muito bom, Hugo. Essa frase do Gandhi é sem dúvida da maior profundidade. Já qto a nossa crueldade intrínsica, isto de fato se deve ao nosso modelo modelo mental coletivo; á nossa dinâmica-psi como sociedade... Como já dizia Krishnamurti (livre pensador e grande universalista indiano) "eqto perdurar a mente individualista e competitiva em que operais, tão longe padecereis dos mais atrozes conflitos, violência, isolacionismo e auto-destruição permanentes."

Daí o grande apelo na atualidade (fruto de uma necessidade real) para melhores interpretações, incentivos e conexões crescentes com os princípios de uma ética/consciência/espiritualidade universal.

Grande Abraço, L. Janz.

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