terça-feira, 25 de maio de 2010

Marcha dos Prefeitos - Marina Silva em Brasília

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De: Marcio Bontempo :

Quarta feira, 19/5, estivemos presentes na XIII Marcha dos Prefeitos no DF, assessorando Marina na parte da Saúde, uma vez que um dos temas era esse. Para cada presidenciável foi dada uma hora para responder a 9 perguntas, sendo duas ligadas à saúde. Serra foi o primeiro a falar e, como era de se esperar, jogou confetes sobre si mesmo, enaltacendo seus feitos na Saúde, etc. Só falou que criaria o Programa de AceleraÍ ão da Saúde, mas não mostrou detalhes nem disse o que é isso. Como sempre foi cartesiano e meio cansativo. Afirmou que aprovaria a EC 29 (que aumenta os repasses da União para os municípios) e, habilmente, desviou-se da questão de se recriar a CPMF, ou coisa similar. Foi ovacionado várias vezes, mas percebía-se que muitos dos 5 mil presentes não aplaudiam (a oposição certamente). Em vários momentos ele ultrapassava o tempo e o microfone era cortado, o que impediu a possibilidade de "gran finales" ao final de cada pergunta. Marina falou em seguida e Dilma depois. A Dilma, como sempre, "martelou" as respostas com sua postura autoritária típica. Enquanto Serra falou de si, Dilma falou de Lula, enaltecendo tudo o que foi feito, mas cometeu um deslize: Também disse que aprovaria a EC 29, mas fez ver que é a favor da criação de um novo imposto para fortalecer a saúde, afirmando que sem a CPMF cerca de 40 bilhões de reais deixaram de serem usados para a saúde (obviamente não disso que grande parte dos recursos, em torno de 60%, eram desviados para outros

caminhos). Foi imprudente, pois a terceira das 9 perguntas já deixava claro que ninguém da CNM está interessado em novo imposto. Então foi ensaiada uma vaia sutil, mas não completada. Nem Serra nem Dilma mostraram, como Marina, que a EC29 está trancada na Câmara, sendo que Marina foi mais valente e crítica colocando que isso acontece porque o governo não tem interesse em repassar mais verbas para a saúde. Marina foi brilhante, perfeita. Seguiu nossa sugestão de ser bastante incisiva, aplicar mais conteúdo crítico, manifestar-se com ênfase e
> determinação. Acho que tem a ver também com a orientação de Paulo de Tarso e do Capobianco. Consegui mostrar a ela, antes da fala, que o momento era mais político do que técnico e que precisávamos aproveitar o evento para sensibilizar os prefeitos. Marina é super inteligente e capta com presteza essas coisas. Foi fantástica. Dilma e Serra foram técnicos demais e este chegou a cansar a platéia com tantos números. Diferentemente dos outros dois que tiveram frequentemente o microfone cortado (cada um tinha 4 minutos apenas para responder), Marina terminou tudo no tempo certo e aproveitou para finalizar com brilhantismo, arrancando efusivos aplausos. Num momento que sensibilizou a todos, ela parou rapidamente de falar e chorou ao lembrar dos seus 30 anos de PT aos prefeitos do partido ali presentes. Aplausos irromperam e a senadora rapidamente retomou a palavra com excepcional verve. Sua fala foi marcada por frases de impacto e argumentos fortes, enaltecendo a necessidade de se evitar o tipo de política comum e se criar um novo modelo, unificado, sustentável, inteligente, com a participação de todos, dependentemente de partidos. Foi marcante quando ela afirmou que sua visão política e entendimento se baseiam aspectos ligados a valores e não a circunstâncias. Ao afirmar que os desastres naturais são efeitos do nosso comportamento, ela inovou esse entendimento, colocando uma abordagenm sui generis à questão. Num gran finale, convocou a todos para, juntos, trabalharmos por um novo Brasil e um novo momento na política brasileira. Depois na coletiva com a imprensa, com muitos reporteres, refletores, microfones, ela fechou a sua paticipação no evento com louvor. Carismática e simples, as pessoas a procuravam com muito carinho para transmitirem votos de sucesso. Líder perfeita, soube agradecer carinhosamente a nossa contribuição e a atuação do grupo. Coisa rara entre políticos.

Sucesso pleno e ascendente. Marina Presidente.

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