terça-feira, 5 de agosto de 2014

Cai poluição de riachos da Serra do Mar (SC)

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Comentário:

Solução tem e mais do que suficiente para evitar o pior, embora estejamos atrasados mais de 50 anos.  O que não tem é um diagnóstico claro, que impõe claramente a mudança do modelo e não perfumarias acessórias, além de vontade política para mudar o atual modelo.  Não por essa ordem, porque se houver vontade política com o diagnóstico equivocado atual, o resultado será pior. 

O diagnóstico correto significa avaliar friamente todo o blablablá de economia verde, sustentabilidade, mecanismo de desenvolvimento limpo, energia limpa, etc. e verificar se mesmo que tudo isso seja implementado (porque até agora nada foi feito), se a piora das variáveis críticas será revertida.  Até agora, só para registro, as variáveis críticas continuam piorando exponencialmente junto com o crescimento exponencial do PIB.

Tem que haver uma relação de causalidade entre dignóstico, medidas propostas e reversão do colapso planetário social e ambiental.  Desconfio que as pessoas acham que essa relação de causalidade não é necessária, o que não surpreende muito, dado o estágio profundamente inicial de mudança que ainda estamos.

Cai poluição de riachos da Serra do Mar (SC)

Um projeto piloto [  http://www.ra-bugio.org.br/projetosemandamento.php?id=36  ] de baixo custo reduziu consideravelmente a poluição por esgoto doméstico de riachos da Serra do Mar na localidade de localidade de Itoupava-Açu, no Município de Schroeder (SC).

O projeto foi idealizado pelo Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade, ONG sediada em Jaraguá do Sul, com financiamento do FEPEMA - Fundo Especial de Proteção ao Meio Ambiente de Santa Catarina.

Consistiu na instalação de 47 fossas sépticas com filtro nas residências de famílias de baixa renda e um programa de educação ambiental com as escolas públicas de Schroeder, Jaraguá do Sul e Guaramirim, da região cortada pelo rio Itapocuzinho que recebe água dos afluentes beneficiados pelas ações do projeto.

Nas atividades educativas ao ar livre, parte dos estudantes foi conduzida até os locais onde foram instaladas as fossas sépticas para observar a gravidade dos problemas ambientais decorrentes da poluição dos riachos da Serra do Mar devido ao lançamento de esgoto doméstico sem tratamento.

Para se verificar a eficácia do projeto foram coletadas amostras da água em determinados pontos de quatro afluentes do rio Itapocuzinho contaminados por esgoto doméstico, antes e depois das instalações das fossas sépticas, em fevereiro e julho deste ano. As amostras foram enviadas para um laboratório fazer a contagem do número mais provável (NMP) de coliformes fecais, que é a densidade média de bactérias Escherichia colipresentes em 100 mililitros de água, um teste padrão para se determinar a contaminação da água.

O grupo de bactérias coliformes é considerado como o principal indicador de contaminação bacteriológica de origem fecal e determina a segurança do uso da água. O teste de contagem de coliformes fecais é empregado para se avaliar a poluição de cursos de água, eficiência de desinfecção de sistemas de tratamento de água, de efluentes industriais e domésticos, balneabilidade de praias e monitoramento sistemático para classificação da qualidade da água de rios.

Os resultados obtidos da contagem de coliformes fecais (NMP/100 ml) antes e depois das instalações das fossas sépticas foram:

Local de coleta
ANTES
DEPOIS
Ponto 1
1454
156
Ponto 2
34480
486
Ponto 3
32550
3452
Ponto 4
3180
379
Ponto 5
1870
62

O projeto não teve a ambição de acabar com a poluição do rio Itapocuzinho, mas de demonstrar que é possível por meio de medidas de simples reduzir significativamente a contaminação por esgotos domésticos em uma boa extensão de todos os rios e riachos da Serra do Mar, devolvendo a grande diversidade de vida para estes ambientes aquáticos.

Fotos do projeto e outras informações



Instituto Rã-bugio para Conservação da Biodiversidade
Jaraguá do Sul – Santa Catarina


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