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WWF APONTA CUBA COMO ÚNICO PAÍS COM DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL
http://g1.globo.com/Noticias/Ciencia/0,,AA1323118-5603,00-WWF+APONTA+CUBA+COMO+UNICO+PAIS+COM+DESENVOLVIMENTO+SUSTENTAVEL.html
Relatório bienal da organização, apresentado em Pequim, diz que apenas os cubanos cumprem os critérios minímos de sustentabilidade
Cuba é o único país do mundo com desenvolvimento sustentável, segundo o relatório bienal apresentado hoje pela organização WWF em Pequim, e que afirma que o ecossistema "está se degradando a um ritmo sem precedentes na história".
De acordo com o relatório, elaborado pela WWF a cada dois anos e que foi apresentado pela primeira vez na capital chinesa, se as coisas continuarem como estão, por volta de 2050 a humanidade precisaria consumir os recursos naturais e a energia equivalente a dois planetas Terra.
É um círculo vicioso: os países pobres produzem um dano per capita à natureza muito menor, mas, à medida que vão se desenvolvendo (exemplos de China e Índia), o índice vai aumentando a níveis insustentáveis pelo planeta.
A WWF elaborou em seu relatório um gráfico no qual sobrepõe duas variáveis: o índice de desenvolvimento humano (estabelecido pela ONU) e o "rastro ecológico", que indica a energia e recursos por pessoa consumidos em cada país.
Surpreendentemente, apenas Cuba tem nos dois casos níveis suficientes que permitem que o país seja considerado que "cumpre os critérios mínimos" para a sustentabilidade.
"Não significa, certamente, que Cuba seja um país perfeito, mas é o que cumpre as condições", disse à Efe, Jonathan Loh, um dos autores do estudo.
"Cuba alcança um bom nível de desenvolvimento, segundo a ONU, graças a seu alto nível de alfabetização e expectativa de vida bastante alta, enquanto seu 'rastro ecológico' não é grande, por ser um país com baixo consumo de energia", acrescentou Loh, que apresentou o estudo em Pequim.
De fato, a região latino-americana em geral parece ser a que está mais perto da sustentabilidade, já que outros países como Brasil ou México estão perto dos mínimos necessários, frente à situação de regiões como África -- com baixo consumo energético, mas muito subdesenvolvida -- e Europa, onde ocorre o inverso.
"Não sei exatamente a que se deve este fato (a boa situação da América Latina), mas é possível perceber que é ali onde as pessoas parecem mais felizes, e talvez se deva ao maior equilíbrio entre desenvolvimento e meio ambiente", disse o autor do estudo.
Apesar das boas vibrações transmitidas pelo bloco latino, a situação global mostrada pelo relatório da WWF é desanimadora. Por exemplo, o número de espécies de animais vertebrados caiu 30% nos últimos 33 anos.
O rastro deixado pelo homem é tamanho que "são consumidos recursos em tempo muito rápido, que impede a Terra de recuperá-los", disse o diretor-geral da WWF, James Leape, que também participou da apresentação do relatório em Pequim.
O "rastro ecológico" do homem, seu consumo de recursos, triplicou segundo a WWF entre 1961 e 2003, por isso o ser humano já pressiona o planeta 25% a mais do que o processo regenerativo natural da Terra pode suportar.
Além disso, há uma piora da situação, apesar de esforços como o Protocolo de Kioto. No relatório da WWF anterior, publicado em 2004, o impacto do homem ultrapassava em 21% a capacidade de regeneração do planeta.
O novo relatório da organização coloca na "lista negra" de países com alto consumo per capita de energia e recursos os Emirados Árabes Unidos, EUA, Finlândia, Canadá, Kuwait, Austrália, Estônia, Suécia, Nova Zelândia e Noruega.
O fato de o relatório ter sido apresentado na China mostra a importância que a WWF dá ao futuro da economia asiática, pois a forma como escolher se desenvolver "é fundamental para que o mundo avance rumo ao desenvolvimento sustentável".
Apesar de China ser o segundo maior emissor mundial de gases poluentes, devido à grande população seu "rastro ecológico" per capita é muito baixo em comparação aos países mais desenvolvidos, o que ocorre também no caso da Índia.
O especialista Jiang Yi, da universidade pequinesa de Tsinghua, disse no ato realizado em Pequim que uma das chaves para melhorar o consumo de recursos e energia na China é "desenvolver um sistema rural de equilíbrio energético" e investigar alternativas de calefação e ar condicionado para as casas chinesas.
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Caro amigo Hugo,
Infelizmente o planeta é uno, a separação entre os países é uma ficção política e mesmo que Cuba seja sustentável, não estará a salvo dos colapsos planetários contratados pela humanidade. Quando a Amazônia acabar quando atingir a sua resiliência, o planeta inteiro irá sofrer, não só os países da América do Sul. Adoro a sua assinatura: “Sem a Amazônia estaremos todos mortos.” Imagino que as pessoas devem achar que você está louco, mas poucos sabem que 90% do copo de água potável diante de suas bocas começa nas folhas das árvores da Amazônia.
Fiquei sabendo que Monbiot aceitou o convite para ajudar no trabalho de descontaminação de FUKUSHIMA e uma de suas declarações divertidas foi essa: “Não vejo o menor problema da água potável da Califórnia estar contaminada com níveis bem acima dos aceitáveis de Iodine-13 de Fukushima e de agora em diante passarei apenas a beber água importada de lá, compensando as emissões dos gases do efeito estufa no transporte.” Mas de forma reservada ele disse para alguns amigos que terá que morrer com a burrice de ter mudado de idéia em relação à energia nuclear e que o livro do Ted Trainer e principalmente o capítulo 9 deixou ele muito assustado... Tudo brincadeira, claro. Monbiot não quis ler o livro e imagina que ele ia correr esse risco de estar no Japão em uma hora dessas. Assim é fácil... quando será que as pessoas irão sofrer as consequências do que falam? Em vidas futuras somente?
Um relatório aponta que as águas das grandes cidades do Brasil, São Paulo inclusive, tem altas doses de cafeína, o que é um indício que a água não está limpa. Entre as consequências temos a feminização dos meninos e o aumento de ciclos menstruais precoces entre as meninas. Fantástico! Nossa espécie animal está se superando! As empresas de saneamento estão dando show de bola, inclusive quando sabemos que mesmo em São Paulo a maior parte do esgoto não é tratado, apenas canalizado. Não posso falar mais sobre isso...
Japão acabou de revogar as suas metas de redução de emissões que na verdade agora implicam em aumento, por conta do desmantelamento que foi obrigado a fazer da sua energia nuclear. Com a economia bombando com o Abenomics, é claro que eles irão precisar de mais energia, mas a nuclear deixou de ser uma opção segura. Os níveis de incidência de câncer devem começar a explodir, os custos escondidos das atividades econômicas (externalidades) devem ser maiores que o PIB mundial, a parte fiscal está a pontos de explodir no mundo todo.
Esperanças? Tome uma taça de vinho enquanto elas existirem.
Saudações pesarosas,
Virasin Ohmni
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