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Se você quiser ler o texto do Rodrigo Constantido, você encontra aqui.
Foto: Tony Hall (CC By BY-ND 2.0) |
Não gostei quase nada do texto de Rodrigo Constantino, sem falar que me pareceu um ataque pessoal desnecessário, quando devemos nos prender às idéias.
Não deve ser nem tanto ao céu nem tanto à Terra, mas foi muito maniqueísta. O lucro obtido a custo de extrema concentração de riqueza, perda de liberdades, destruição da natureza, corrupção de governos que engraxam os sapatos das empresas contra interesses socias e segurança de todos é um problema sim do sistema atual, seja ele qual nome tenha. A resposta a um sistema que não entregou o que prometia a maior parte das pessoas é ter esquerdas quase tão ruins quanto o sistema anterior que tentavam mudar. São ditaduras ideológicas ambos. Num há perda de liberdades políticas, noutro econômicas porque vá viver nos centros urbanos ocidentais sem recursos para ver o que é liberdade. Em ambos há total falta de solidariedade, justiça, eficiência, criatividade e acima de tudo oportunidades para os mais jovens. Estamos caminhando por um terreno cada vez mais seco e estéril, à alusão a essa seca hedionda pela qual passamos por dois anos consecutivos sem que o governo tenha tomado qualquer providência para nos proteger.
Ontem fui pegar minha bicicleta e a moça que cuida do bicicletário estava sentada num banquinho olhando para o nada e eu estranhei. Ele fica lá presa naquela gaiola das 12 horas até 22 horas, para ganhar 900 reais. E ainda por cima, tem que vir no sábado trabalhar das 8 às 16 horas. Ela não vê nada nem ninguém o dia todo, exceto na hora de pico de entrada e saída e um ou outro ao longo do dia. Pensei sugerir para ela trazer algo para ler. Lógico que ela perde horas para chegar na casa dela onde tem família esperando cuidados.
Isso é capitalismo. Ou socialismo. Ou seja o que for. A perda de criatividade e liberdade das pessoas está presente em todos. Precisamos de algo novo, mais solidário, mais humano, mais harmonizado com o planeta onde sobrevivemos algumas décadas. É claro que estamos longe disso.
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