segunda-feira, 19 de setembro de 2011

Taxa de fecundidade

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 As pessoas que comemoram a redução da taxa de fecundidade parecem viver em outro planeta, por dois motivos: 1) o sistema e as instituições se desesperam toda vez que se depara com um crescimento vegetativo menor em termos percentuais (isso significa que a população não parou de crescer, apenas está crescendo mais devagar e sobre uma base maior, o que em quase todos os casos significa um número de pessoas a mais maior que qualquer momento anterior no passado) – para corrigir a enorme mazela do crescimento menor das populações são inventadas várias maneiras, como pagar para ter filhos (Itália e Alemanha), abandonar a política de um filho apenas (China), importar mulheres para países com desequilíbrios entre homens e mulheres e por aí vai – aqui o maior mito, abraçado também por Malthus, é que para o crescimento populacional humano não há qualquer limite; 2) os cálculos de fluxos, tanto da produção quanto da pessoa, ignoram que os estoques, tanto de produção quanto de pessoas, aumentam sobre uma restrição óbvia demais para ser ignorada, que é o fato dos territórios dos países não aumentarem de tamanho (a restrião menos óbvia mas muito mais preocupante é a ecológico-planetária, posto que o planeta não nos oferece restrição como fornecedor de recursos – sejam eles metais, petróleo, madeira – mas sim irá nos oferecer uma enorme restrição ou colapso como absorvedor das nossas atividades em conflito com os processos naturais dos quais tudo (tudo mesmo) depende para existir.
Hugo Penteado

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