sexta-feira, 4 de outubro de 2013

Que comam grilos!

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 É muito simples: a equação do consumo de matéria e energia para produzir proteína animal (carne, leite e ovos) é astronomicamente maior que a de obter a mesma quantidade de proteínas via insetos.
Na verdade, se fizermos as contas, só chegaremos a 9 bilhões de pessoas ou mais se plantarmos soja nos demais planetas do sistema solar e inventar um criadouro por lá também.  Não tem como, a solução é comer insetos, mas continua sendo solução temporária. Isso tudo é fruto da visão dos economistas tradicionais que acreditam que a economia pode ser maior que o planeta, que o planeta é um subsistema da economia, que não há vasos comunicantes, que os recursos da natureza são totalmente irrelevantes para o processo econômico, que a economia é neutra para os ecossistemas, além de ser um processo perfeitamente reversível e previsível e, mais que isso, poder ser submetido a substituição infinita de fatores entre os quais, o capital humano seria também um perfeito substituto para natureza.  Com toda essa crença o resultado final será... fim da vida na Terra.  Antes disso, colapsos, sobressaltos, crises financeiras, guerras, epidemias. Sensacional!  Pena que não tivemos alguém na nossa ciência, como Albert Sabin que nasceu em 1906, no mesmo ano que nasceu um imerecidamente ignorado cientista, Nicholas Georgescu-Roegen (1906-1994).

Artigo interessante sobre insetos como alimentos – Scientific American


 New Idea to Reduce Global Warming: Everyone Eat Insects

Insect stir fry
A delicious bug meal, another way to reduce your carbon footprint.Credit: Hans Smid / bugsinthepicture.com
There is a rational, even persuasive, argument for voluntarily eating insects: Bugs are high in protein, require less space to grow and offer a more environmentally friendly alternative to the vertebrates we Westerners prefer, advocates of the bug fare say.
However, this topic is not a hotbed of research, so while some data exist — in particular on the protein content of insects — there are some assumptions built into the latter part of this argument.
"The suggestion that insects would be more efficient has been around for quite some time," said Dennis Oonincx, an entomologist at Wageningen University in the Netherlands. He and other researchers decided to test it, by comparing the greenhouse gas emissionsfrom five species of insects with those of cattle and pigs.

quinta-feira, 3 de outubro de 2013

Para os que defendem energia nuclear

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Para os que defenderm energia nuclear, sem terem lido o capítulo 9 do livro “Renewable Energy Cannot Sustain a Consumer Society” é sempre bom saber que o pouco que vaza na mídia sobre o muito que vaza ainda em Fukushima é bastante assustador...

A pergunta que não quer se calar: por que construir usinas hidrelétricas no fragilíssimo ecossistema da Amazônia da qual todos nós dependemos para estar vivos e se não fizemos isso, porque fazer uso de energia nuclear, da qual 99% do resíduo gerado desde seu início nesse planeta não tem ainda destino final (mais um “presentinho” para as gerações futuras?) se 73% da energia é desperdiçada e se já sabemos que não dá para manter uma economia crescente do descarte imediato dos bens e do desperdício num sistema fechado como a Terra?

O dilema de energia e suas fontes (nuclear ou Amazônia, hidrelétrica ou termoelétrica) e outras quizumbas só existem se continuarmos acreditando que o planeta é um subsistema da economia, sem vaos comunicantes.  Acho que não dá mais para acreditar nesse absurdo. Acho...

Operadora registra novo vazamento de água radioativa em Fukushima


DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
O operador da usina nuclear japonesa de Fukushima disse nesta quinta-feira que outro tanque com água altamente contaminada transbordou, provavelmente jogando o líquido no oceano Pacífico, no segundo episódio do tipo em menos de dois meses.
Segundo o porta-voz da Tokyo Electric Power (Tepco), Masayuki Ono, o vazamento foi descoberto em um tanque de contenção distante de onde 300 toneladas de água tóxica escaparam em agosto. Cerca de 430 litros de água vazaram em um período de 12 horas após o erro de um funcionário.
O representante afirma que o operário calculou mal a capacidade do tanque, que está inclinado por uma irregularidade no piso. Segundo ele, a água caiu em uma vala que deságua no oceano Pacífico, a 300 metros do reservatório.
A empresa afirmou que a água que vazou continha 200 mil bequerels por litro de isótopos radioativos que emitem radiações beta, como o estrôncio-90. Para este elemento, o limite legal no Japão é de 30 bequerels por litro.
O novo vazamento é apontado com mais uma consequência da falta de capacidade da operadora de estocar a água usada para resfriar os reatores, desprotegidos após o acidente nuclear de 2011, provocado pelo tsunami que atingiu o Japão e a região da usina.
Segundo Ono, a empresa está enchendo os tanques até a borda e bombeia a água da chuva acumulada nas áreas dos tanques de contenção. Na última terça (1º), a empresa anunciou que cerca de quatro toneladas do líquido vazou no solo do terreno da usina em uma operação de transferência.
GOVERNO
Nesta quinta, o principal porta-voz do governo japonês, Yoshihide Suga, disse que os últimos vazamentos são um exemplo de que os esforços da Tepco são insuficientes. O governo tomará medidas para tratar da questão da água, ele disse, acrescentando achar que a situação estava sob controle.
A Tepco vem contando com tanques construídos às pressas para conter o excesso de água de resfriamento lançada sobre os reatores danificados em Fukushima Daiichi, onde três unidades sofreram sobrecarga nuclear e explosões de hidrogênio depois de um terremoto e de um tsunami em março de 2011.
Em meio a um crescente alarme internacional, o governo do Japão disse no mês passado que iria financiar os esforços para melhorar o gerenciamento da água na usina.

Colaboradores