sexta-feira, 25 de novembro de 2011

E a Black Friday rolando...

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Com as fotos do black friday de hoje nos EUA e com as notícias da bacia de Campos e as obras inúteis megalomaníacas em todos os lugares acho que mudança de rota está completamente fora de cogitação, a menos que alguém acredite que manutenção a atual disseminação da sociedade de consumo seja imaterial... e possa ser feito sem mais energia ou com energia limpa. Enfim, se o mito de termos só problema de energia e se o mito de energia limpa não forem mitos...

Desde quando vimos o processo de sustentabilidade nascer no Brasil em 1998, o avanço foi nulo mesmo passando pelas tragédias, como o calor excessivo na Europa em 2003, Katrina em 2005 e toda série de anomalias climáticas registradas no mundo todo várias vezes por ano desde então.  Se tudo isso aconteceu e o sistema não consegue se abrir para outras formas de funcionamento e não faz uma autocrítica do modelo de consumo, de produção, além de ignorar os erros das teorias econômicas autistas (mania de crescimento econômico medido pelo PIB), só podemos concluir que a mudança vira de fora para dentro.  Essa será a pior forma de mudança. Se o vetor dessa mudança for social, irá desembocar em guerras. Se for ambiental, pode ser o fim da vida nesse planeta. Podem ser simultâneos, por não serem excludentes e é para onde estamos indo.

DEU NA FSP DE 24/11/2011 - 11h13

Temperatura mundial pode subir até 6 graus, alerta OCDE

DA EFE
Até o final deste século, a temperatura global pode sofrer um aumento entre 3 e 6 graus centígrados se for mantida a tendência atual, alerta a OCDE (Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico) nesta quinta-feira. Mas ainda há tempo para que esse cenário com graves consequências seja evitado com um custo de ação limitado.
Esse é o principal conteúdo de um relatório sobre a mudança climática divulgado pela OCDE às vésperas da conferência de Durban, que começa na próxima segunda-feira (28) em Durban, na África do Sul. A organização pede aos governos que se engajem em torno de um acordo internacional.
"Os custos econômicos e as consequências ambientais da ausência de ação política na mudança climática são significativas", advertiu o secretário-geral do organismo, Ángel Gurría, durante a apresentação do estudo.
Concretamente, as medidas para modificar, sobretudo, o panorama energético que se espera para 2050 e a redução das emissões de efeito estufa em 70% custariam 5,5% do PIB (Produto Interno Bruto) --um número que os autores do relatório relativizaram em entrevista à imprensa, ao ressaltarem que significaria que o crescimento da economia mundial nos quatro próximos decênios seria de 3,3% ao ano, em vez de 3,5%, um corte de dois décimos.
O relatório destacou que não alterar as políticas atuais geraria prejuízos ambientais que afetariam muito mais a economia. O relatório Stern de 2006 havia antecipado perdas permanentes do consumo por habitante superiores a 14%.
A OCDE advertiu que, sem novas políticas de contenção das emissões de efeito estufa, as energias fósseis seguirão mantendo seu peso relativo atual, de 85% do total, o que conduziria a um volume de concentração na atmosfera de 685 partes de dióxido de carbono (CO2) ou equivalentes por milhão, muito longe das 450 que os cientistas consideram que permitiriam limitar o aquecimento climático global a dois graus centígrados.
Para o órgão, um ponto relevante é estabelecer "um preço significativo" das emissões de CO2 para induzir à mudança tecnológica, mas também a fixação de metas de diminuição de emissões "claras, críveis e mais restritivas" com as quais "todos os grandes emissores, setores e países" precisarão se comprometer.

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