terça-feira, 27 de novembro de 2012

Lesmas-do-mar ficam vulneráveis com aumento da acidez na Antártida

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Acho que não é uma notícia muito boa e até desmonta um pouco o mito do problema único (de energia, de clima) e lembra a nossa “pequenina” vulnerabilidade num ambiente no qual todos somos um.  Mas para alegrar mesmo e ter um pouco de esperança com a mudança suscitada com as discussões de sustentabilidade, só subir no topo de um prédio e olhar as línguas brancas e vermelhas dos faróis das avenidas em 360 graus: aquela montanha de carro queimando combustível para ficar parado e ter uma velocidade média igual a de uma galinha é um excelente sinal de “estamos caminhando para sustentabilidade e ficamos mais inteligentes”.  Para se convencer mesmo, é só ir olhar de perto os carros de cinco toneladas (SUVs) que carregam corpos de 70 quilos e o jumento dentro se sente exultante, porque o que importa não é ter um meio de transporte, mas ter mais que o resto.

Enquanto sinal de sucesso no nosso sistema for distanciamento material uns dos outros – e não o contrário – dentro do modelo casa-carro-viagem-ao-exterior, não poderemos mais contar com as lesmas.  Sim, acho que não é notícia muito boa...

Lesmas-do-mar ficam vulneráveis com aumento da acidez na Antártida

26/11/2012 13:58,  Por Redação, com BBC - de Londres
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Antártida
O aumento da acidez na região está afetando o ecossistema, segundo pesquisa
Lesmas-do-mar que vivem na Antártida estão sendo afetadas pelo alto nível de acidez das águas marinhas, segundo uma nova pesquisa científica.
Uma equipe internacional de cientistas descobriu que a concha das lesmas está sendo corroída pela água do mar.
Segundo especialistas, a descoberta é importante para se determinar o impacto da acidificação do oceano na vida marinha. Os resultados foram publicados na revista científica Nature Geoscience.
Ecossistemas
As lesmas-do-mar são importantes na cadeia dos alimentos dos oceanos. Além disso, elas são um bom indicador de quão saudável está o ecossistema.
- Eles são um item importante para diversos predadores, como plânctons maiores, peixes, pássaros, baleias – disse Geraint Tarling, que é coautor do estudo e diretor de Ecossistemas Oceânicos da entidade britânica de pesquisas British Antarctic Survey.
O estudo foi um projeto de pesquisadores da BAS, da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA), a US Woods Hole Oceanographic Institution e da faculdade de ciências ambientais da Universidade de East Anglia.
A acidificação do oceano ocorre devido à queima de combustíveis fósseis. Parte do dióxido de carbono que está na atmosfera é absorvido pelo oceano. Esse processo altera a composição química da água, que fica mais ácida.
Os dados foram coletados em uma expedição do barco Southern Ocean, em 2008. Os cientistas analisaram o que acontece quando a água marinha do fundo é empurrada para a superfície por ventos.
Essa água é mais ácida e acaba corroendo a aragonita – a substância que forma as conchas das lesmas-do-mar. ”As lesmas-do-mar não necessariamente morrem por conta da corrosão nas suas conchas, mas isso as deixa mais vulneráveis a predadores e a infecções, o que tem consequências no resto da cadeia de alimentação.”
Tarling disse que o estudo ainda é um piloto para outras pesquisas que virão, mas que ele já forneceu dados importantes sobre como o ecossistema reagirá a mudanças futuras no oceano.
- Foram necessários vários anos para que desenvolvêssemos uma técnica sensível o suficiente para que analisássemos o exterior das conchas, com auxílio de microscópios de alta potência, já que as conchas são muito finas e os padrões de dissolução são muito súteis – afirmou o pesquisador.

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