Segue comentário sobre a matéria abaixo:
Em primeiro lugar, existe um factóide (de tanto falar, é considerado verdade) sobre o Prêmio Nobel da Economia. Não existe esse prêmio. O prêmio que existe é o Sveriges Riksbank, criado em 1968 pelo banco central da Suécia, com o seguinte título: "Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel". Foi e é sempre incorretamente referido como "Prêmio Nobel da Economia" e pouca gente sabe disso. Favor corrigir. A Fundação Nobel criou prêmios para ciências que consideravam úteis para a humanidade.
O prêmio concedido a essa cientista é um alerta para os economistas autistas que ainda trabalham um modelo de crescimento econômico eterno num planeta finito. Não percebem que o sistema econômico, é um subsistema dependente e vulnerável do planeta. Enfim, os economistas continuam autistas: não há uma só variável nos modelos econômicos que reconheça a importância dos recursos naturais e dos 20 serviços ecológicos para o processo econômico, inclusive água, sem a qual não teríamos nada. Nem petróleo: como representa só 2% do custo de produção, os economistas declaram que é totalmente desimportante para explicar o crescimento econômico até os dias de hoje (desde quando o valor é uma boa medida de importância?). É como se o sistema econômico estivesse em marte e não tivesse relação alguma - nem de entrada nem de saída - com o sistema ambiental e planetário do qual depende. Tudo isso depois de mais de 60 anos de críticas e evidências.
Um país desenvolvido precisará de novas idéias, até porque a nação mais importante do mundo, os Estados Unidos, atingiu tudo aquilo que desejamos - níveis elevados de demanda - mas tudo isso às custas de um desastre ambiental monumental e de uma desigualdade social gigante e, mesmo assim, terminou em uma crise global cuja solução ainda não foi dada, pois apesar do otimismo atual, o armário está cheio de "esqueletos". A pergunta é: porque uma nação desenvolvida que conseguiu vender tanto, ter um mercado consumidor tão expressivo e, mesmo assim, entrou numa crise financeira e econômica aguda, cuja solução foi injetar trilhões de dólares? Será que o crescimento não se tornou um fim em si mesmo, desvinculado de objetivos maiores - e de uma boa avaliação?
Hugo Penteado
segunda-feira, 19 de outubro de 2009 | 14:46
Na semana passada, argumentei que o Nobel da Paz de Obama sinaliza que o mundo mudou. Hoje quero falar de um assunto parecido, mas dessa vez tem a ver com o Nobel de Economia.
Você conhece o Nobel de Economia, não conhece? É aquele prêmio outorgado anualmente pela Academia de Ciências da Suécia a um homem de terno e gravata. Pois então. Vocês viram o que aconteceu com o Nobel de Economia na semana passada?
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Por Denis Russo Burgierman
Caro Hugo
ResponderExcluirMe chamo Greyce Vargas, sou repórter do site do Instituto Humanitas da Universidade do Vale do Rio dos Sinos - Unisinos, localizada na cidade de São Leopoldo, próximo a Porto Alegre, no Rio Grande do Sul.
Estou entrando em contato com a expectativa de agendar uma entrevista especial para nosso site a partir das ideias que você tratou no artigo "As abelhas estão sumindo". Caso aceite nosso convite, nós ligamos e gravamos a entrevista. Também podemos realizar a entrevista via e-mail ou skype.
O sítio do Instituto Humanitas Unisinos (www.ihu.unisinos.br) possui um tom jornalístico e acadêmico. Com uma apanhado das notícias mais importantes do dia e sempre com uma entrevista inédita e exclusiva na seção de Entrevistas do Dia no qual gostaríamos de publicar a entrevista.
Aguardo sua resposta e desde já agradeço sua atenção.
Forte abraço,
Greyce Vargas - Jornalista
E-mail: greyceellen@unisinos.br
(51) 3590.8248 Ramal: 4126
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